Após sete anos de invasão, os soldados americanos deixam o Iraque aos poucos neste mês, de acordo com o plano de retirada proposto pelo presidente Barack Obama. A guerra deixou ao menos 4.700 militares mortos e outros milhares de civis. O G1 reuniu filmes e livros que abordam diferentes aspectos da guerra:
O G1 publica nos próximos dias uma série de reportagens sobre os sete anos de ocupação norte-americana no Iraque. As próximas reportagens serão um Raio-X completo do conflito e um agregado de matérias que o G1 já produziu sobre o conflito.
1°
Zona Verde (2010)
O filme de ação, dirigido por Paul Greengrass e estrelado pelo ator Matt Damon, apostou no interesse do público em assistir a um relato sobre os fracassos da inteligência americana relacionados à invasão do Iraque, em 2003. Damon interpreta um oficial do Exército norte-americano (Richard Gonzalez na vida real), cuja Equipe de Exploração Móvel foi encarregada de procurar armas de destruição em massa (AMDs) durante a invasão.
O filme é inspirado no livro de não-ficção "A vida imperial na cidade esmeralda", do repórter Rajiv Chandrasekaran.
2° O mensageiro (2009)
O longa metragem foca as consequências domésticas do conflito. Os protagonistas são dois oficiais do Exército norte-americano que têm por função comunicar a pais e viúvos ou viúvas a morte de seus entes queridos na guerra. Dirigido por Oren Moverman, o filme foi indicado ao Oscar e ao Globo de Ouro.
3° Guerra ao terror (2008)
"The hurt locker", no título original, o filme foi a surpresa do Oscar 2010, vencendo seis prêmio, incluindo o de melhor filme. O longa conta a história de uma esquadrão norte-americano especializado no desmonte de bombas no Iraque. Produzido com baixo orçamento e filmado com técnicas de documentário, o filme não tem como proposta fazer uma autocrítica do comportamento do Exército norte-americano no país e nem falar sobre o povo iraquiano.
4°
The Dreams of Sparrows (2005)
Dirigido pelo iraquiano Haydar Daffar, o documentário conta o cotidiano de moradores do país após a tomada e antes da reconstrução.
Entre os entrevistados estão pintores, escritores e diretores de cinema. Os temas variam de cultura à política. Um dos produtores é morto durante as filmagens, em uma batalha de Fallujah.
1°
A Queda de Bagdá - Jon Lee Anderson (Ed. Objetiva)
O consagrado jornalista americano escreve um relato vívido de um país em ruínas, num período de quase dois anos que engloba o antes, o durante e o depois da invasão americana.
A obra mostra a agonia do regime de Saddam, a tomada de poder pelos Estados Unidos e como a vida de iraquianos foi afetada pela guerra.
2°
De Bagdá com muito amor - Jay Kopelman e Melinda Roth (Ed. Best Seller)
O tenente-coronel Jay Kopelman narra o resgate de um filhote de cachorro em Bagdá e constrói uma reflexão sobre a relação com o animal e a devastação emocional causada pelo conflito.
O cachorrinho Lava, adotado em Fallujah, um dos lugares mais afetados pela guerra, virou o mascote dos fuzileiros navais, apesar das dificuldades de Kopelman em manter o cão.
3°
O Blog de Bagdá - Salam Pax (Ed. Companhia das Letras)
O livro é uma compilação de um blog produzido pelo arquiteto iraquiano de pseudônimo Salam Pax, que escrevia posts na Bagdá na iminência da guerra. O blog foi criado para procurar Raed, o namorado de Salam, que havia ido estudar na Jordânia, e abordava o cotidiano na capital iraquiana da época.
Pax retrata uma cidade cosmopolita com um humor sarcástico. Seus textos são um registro dos últimos momentos antes da queda do governo de Saddam.
4°
Understanding Iraq - William R. Polk (ed. HarperCollins - inédito no Brasil)
O livro ('Entendendo o Iraque', em tradução livre) é um estudo feito pelo ex-funcionário do departamento de Estado americano e professor da Universidade de Chicago sobre o Iraque. Polk traça um panorama histórico do país, chegando até a ocupação americana.
5°
Blackwater - Jeremy Scahill (Ed. Companhia das Letras)
A morte de 17 civis iraquianos em setembro de 2007 numa praça de Bagdá é o ponto de partida do livro do jornalista investigativo Jeremy Scahill. As mortes não foram provocadas por insurgentes ou por soldados iraquianos, mas por mercenários da empresa Blackwater.
A obra conta a história da companhia que se tornou um dos atores mais potentes na 'guerra ao terror' americana.
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